quinta-feira, 9 de julho de 2015

Conceito de amor da partida à chegada

Durante todo o caminho pensei em como seriam os nossos próximos anos, era impossível deixar de imaginar também as discussões e as birras, tudo isso faz parte da relação.
Não lembro quantas vezes já fui deitar desejando que você me abraçasse depois de uma briga e contei longuíssimos 2 minutos até você enfim ceder. Cada pedacinho meu ficava feliz com a aquele abraço;  é que eu sempre deixo de lado o que está me chateando quando me abraça, claro que você sabe disso!

Pensei enquanto passava por praças, shoppings e pessoas que nunca reparo naquele trajeto enquanto estou com você. É aquela velha (mas verdadeira) história de que quando estou com você tudo dá certo; não há um caminho longo ou um lugar incômodo, há você. Pesquisei mentalmente quando foi a ultima vez que lhe lembrei o quanto o amo, talvez tenha sido ontem quando te chamei pra segredar coisa nenhuma, ou hoje de manhã, quando te dei o beijo mais leve pra não te acordar. Qualquer que tenha sido a ocasião, acredite: nem essas lindas ações são capazes de lhe mostrar o quanto.



Enquanto analisava qual o trajeto me levaria mais rápido até você me perguntei por quanto tempo desejei - inutilmente - realizar essa combinação de palavras, esse emaranhado de ideias presente nessa reflexão, afinal, por quanto tempo? Começo a buscar sentimentos que possam juntos formar o tal verbo que te prometi anos atrás e me detenho em um casal que passa do lado de fora ao meu lado na janela, um casal comum mas com tempo suficiente de relação para andar de mãos dadas - confortavelmente - sem nada dizer. Refleti sobre isso: De que me valem as palavras? De que me vale esse verbo?  Usarei ele em todas as ocasiões em que aplicaria o amar e ele acabará da mesma forma: comum.

Talvez seja loucura minha achar que conseguirei mesmo depois de todo esse tempo encontrar um verbo que substitua o amar em nossa relação, mas é que palavras gastas e clichês não expressam mesmo a singularidade do que temos juntos. Talvez a maioria dos casais também deseje isso e talvez alguns deles até mereçam mas se um dia eu criar esse verbo, contarei só a você, e o conjugarei em todas as suas flexões possíveis até enfim defini-lo regular ou irregular.

Volto à selecionar os sentimentos e é só então é que percebo que o ônibus alcançou a chegada, onde devo descer. Coloco rapidamente a bolsa a tiracolo e desembarco saltitante enquanto alcanço as chaves de casa. Abro a porta já tão conhecida mais uma vez e quando te encontro jogo-me em seus braços e lhe conto como foi o dia e enquanto o faço afasto - inconscientemente -  as ideias que me ocupavam, para as fazer retornar somente no dia seguinte em mais percurso para casa.






Gostou do post?
Digam aqui embaixo nos comentários o que acharam, vamos adorar saber sua opinião!


COMENTE COM SUA CONTA GOOGLE+
COMENTE COM SUA CONTA BLOGGER

4 comentários:

  1. Dri poeta!!! Também, essa é a sua área né?! Amei o texto... viajei contigo rsrsrs
    Beijinhos - Au Revoir!
    http://www.vidaemrosa.com

    ResponderExcluir
  2. Que lindo, adorei de paixão !!
    http://garotassemcontrole.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que gostou, Ana Maria!
      Já estamos retribuindo a sua visita.

      Volte sempre!
      Beijão!

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...